Parte 3
Parada para o café com Wi-Fi
Enquanto o sol despontava numa manhã de segunda-feira e o trem rompia o maior perímetro urbano que vimos durante toda a viagem. Era Santa Cruz de la Sierra. Hora de deixar o sono para trás e preparar a mochila para a próxima etapa.

O trem parou na estação Bimodal (Ônibus e trem) e de nosso vagão, como era de se esperar, as poucas pessoas que haviam, desceram. Mas o que impressionou foi a grande quantidade de pessoas que desceu dos últimos vagões. Havia outra classe? Onde elas embarcaram?
Ainda antes de descer do trem, começamos a conversar com um casal de brasileiros que estava indo para Macchu Picchu no Peru e que passariam aquela noite em Santa Cruz, nós, seguiriamos direto. Antes de prosseguir viagem, saimos do terminal e fomos a um hotel para tomar nosso café da manhã e aproveitar a Wi-Fi de lá junto com nossos novos amigos.
Como pegar um ônibus.
Continuamos a viagem em um ônibus (cama) da empresa Bolivar até Cochabamba em uma viagem que durou dez longas horas passando em uma longa planície antes de subir a montanha. Em sua única parada, descemos em um complexo de estabelecimentos comerciais voltados à alimentação e conforto dos viajantes a borda da carreteira 4 (estrada). Tá bom! Eu estou exagerando. Em frente àquele pátio de estacionamento de terra, poeira e lama, haviam botecos, ambulantes e dois ambientes maiores que vendiam almoço. E também havia o principal, por apenas um boliviano, o banheiro. Conforme fomos subindo, a estrada ficava pior, o ônibus começou a andar mais lentamente, o clima mudou de calor para um clima agradável de montanha, as estrada ficaram sinuosas e beiradas por penhascos e os motoristas faziam ultrapassagens perigosas constantemente.
Algo que chamou muita atenção era a constante entrada de ambulantes que vendiam desde balas e almoços até sorvetes e remédios. O mais interessante foi um vendedor na chegada de Cochabamba que fez uma propaganda melhor que o Polishop para vender um extrato de não sei o que curava tudo.

Na rodoviária de Cochabamba, vimos o caos de gente gritando os destinos, eram os vendedores das lojas angariando clientes para as empresas. Restava-nos decidir a empresa que nos levaria. Em meio àquele caos de empresas que tiravam bilhetes manuais ou preenchidos na máquina de escrever, encontramos uma empresa que tinha uma fila e o atendimento era informatizado. Decidimos que era essa a que provavelmente não entariamos em roubada e foi ali, na Trans Azul, que compramos a nossa passagem para o dia seguinte com destino a Oruro.
Em busca do sono perdido.
Agora, estavamos a procura de um hotel ou hostel para descansar e encontramos um perto da rodoviária através de um App de mapas off-line. Haviam muitos outros na região, mas optamos por nos hospedar apenas naquilo que já havia referência no Trip Advisor.
Depois de um bom banho, era hora de conhecer a cidade e comer algo. Acabamos comento um Pique a lo Macho, que é um prato tipicamente boliviano composto de pedaços de carne, frango, linguiça, queijo, pimentão, cebola, tomate e batata frita misturado. A porção que nos disseram ser para uma pessoa, era mais que suficiente para quatro. Nós, que estavamos com fome, mal conseguimos comer a metade e acabamos levando a outra para uma moradora de rua.
Cochabamba nos impressionou positivamente naquele primeiro contato pois diferia muito daquilo que vimos no caminho. Uma cidade grande, aparentemente bem organizada, com prédios, teatros, cinema, restaurantes e uma linda praça rodeada de prédios em estilo colonial espanhol, entre eles, a prefeitura e a Catedral Metropolitana, chamada 14 de Septiembre (data da independência de Cochabamba ao julgo espanhol). Como ainda precisávamos descansar, conhecer Cochabamba ficará para uma próxima vez.
Boa noite!
Suas histórias são ótimas!
As fotos são simplesmente incríveis! 📸
Sou sua fã! 😊
Nós agradecemos por compartilhar sua viagem! 🌍✈🚈🚃
Até o próximo capítulo! 🙋
Beijos 😘
CurtirCurtir
Pingback: Rumo a Uyuni 4 – Sobre as águas – JOHNSON BARROS
Pingback: Rumo a Uyuni 2 – a mão que balança o trem. – JOHNSON BARROS